Preta Gil faleceu no dia 20 de julho, aos 50 anos, em decorrência de um câncer colorretal. Em respeito a um desejo manifestado por ela antes de sua morte, familiares e amigos próximos decidiram dividir suas cinzas, destinando cada parte a um propósito especial para preservar sua memória de forma afetiva e duradoura. Um dos fragmentos será transformado em diamante, simbolizando a eternidade de sua presença.
Segundo a revista Forbes, o processo de criação de diamantes artificiais é bastante diferente do natural. Utilizando máquinas capazes de reproduzir as condições de alta pressão e temperatura encontradas no interior da Terra, o carbono presente nas cinzas é extraído e tratado até se transformar em uma pedra lapidada.
O procedimento começa com a retirada do carbono, que passa por uma fase de aquecimento e compressão para se tornar uma estrutura semelhante ao grafite. Após isso, o material é limpo, cortado e polido até atingir o formato final. O custo de um diamante memorial pode variar bastante, dependendo da cor, design e tamanho, com valores que vão de R$ 4 mil a R$ 250 mil.
Márcio Miyasaki, criador da empresa StarGen Diamonds, que ficará responsável pela transformação, comentou sobre a produção. “Enquanto a natureza demora milhões de anos para confeccionar um diamante, a produção pode ser feita por humanos em laboratório em um período de seis a doze meses”, explicou Miyasaki. Ele também detalhou o método utilizado. “O diamante é uma pedra, feita de carbono puro. Basicamente, o que nós fazemos é extrair o carbono (do material genético fornecido) e remontamos como um lego, reproduzindo o que a natureza faz, só que de maneira muito mais rápida”, afirmou.
Na StarGen, o processo segue várias etapas. Tudo começa com o envio do material genético. Depois disso, o carbono é purificado em cerca de duas semanas, e então a formação do diamante é realizada com tecnologia de ponta. A pedra passa por lapidação a laser, polimento manual, recebe certificação internacional e, por fim, é colocada em uma joia exclusiva.
A prática já foi feita por outros nomes conhecidos. Flávia Soares, ex-esposa do apresentador Jô Soares, contou em entrevista que também transformou parte das cinzas dele em diamante. “Distribuí em alguns lugares especiais para nós e uma amiga… Lá, eles transformam as cinzas em diamante. E eu fiz isso”, compartilhou Flávia, que pretende criar um amuleto com a pedra.
Em relação às cinzas de Preta Gil, outra parte ficará guardada em um busto realista, que será instalado no Columbário do Crematório e Cemitério da Penitência, no Rio de Janeiro, onde os fãs poderão prestar homenagens. Fragmentos também serão espalhados por locais que marcaram a vida da artista, como sua casa e um cais na Bahia que ela gostava de visitar. Os nomes de quem recebeu essas porções não foram divulgados, mas cada um deles terá a missão de manter viva a lembrança de Preta de maneira única e afetiva.