Ao longo de quase cem minutos, Tempo de Guerra mergulha o espectador em uma única missão de combate, ambientada na Batalha de Ramadi, durante a ocupação norte-americana no Iraque.
A proposta da direção, assinada por Alex Garland e pelo ex-SEAL Ray Mendoza, é afastar-se das narrativas heróicas para retratar com fidelidade o que é estar no centro de uma emboscada.
O filme acompanha um pelotão de SEALs (força especial da Marinha dos Estados Unidos) isolado em uma casa no coração do território inimigo. A tensão se acumula silenciosamente até que um ataque inesperado explode em meio à monotonia da vigília.
O desfecho da batalha
No ápice do confronto, uma tentativa de fuga acaba em tragédia quando um explosivo improvisado atinge o comboio, matando os soldados iraquianos que acompanhavam a equipe.
Elliot e Sam, dois dos principais personagens, são gravemente feridos e levados de volta à casa, onde recebem os primeiros socorros enquanto o grupo continua sob cerco.
Sam se mantém consciente durante boa parte do tempo, ainda que debilitado. Elliot, por outro lado, permanece inconsciente até o fim do combate, acordando apenas quando o pior parece ter passado.
A chegada da equipe de reforço permite, por fim, a evacuação dos feridos. O filme encerra sua narrativa com a retirada dos sobreviventes e um corte brusco para uma montagem de imagens reais dos soldados que inspiraram os personagens. Entre eles, Elliot e Sam aparecem vivos.
Um final abrupto
Tempo de Guerra opta por encerrar sua história sem cenas de consagração ou redenção. Assim como o ataque começa de forma repentina, a retirada também ocorre de forma seca.
Quando os insurgentes deixam seus esconderijos para ver o que restou da casa, o filme termina. Sem discursos, sem alarde, apenas a realidade nua da guerra.
A opção dos diretores reforça a proposta de realismo, mostrando que batalhas não são encerradas com vitórias cinematográficas. A guerra, como retratada aqui, é feita de interrupções bruscas e um gosto amargo.
Tempo de Guerra está disponível no Prime Video .
