A Marvel decidiu mexer com um dos personagens mais icônicos do seu universo, e o resultado é de partir o coração. Na nova linha Ultimate Universe, Wolverine ganhou uma origem alternativa tão sombria que muda completamente como enxergamos o herói.
Ele continua sendo uma arma viva, mas desta vez sem qualquer controle sobre o próprio destino, e isso pode ser ainda pior do que qualquer luta contra vilões.
A nova realidade de Wolverine: prisioneiro desde o início
Na nova versão da Marvel, Logan nunca conseguiu escapar do lugar que o transformou em uma arma. Esqueça o herói solitário com garras de adamantium que lutou para recuperar sua humanidade. Na linha Ultimate Universe, ele permanece como prisioneiro da organização chamada Diretoria X, equivalente ao clássico Programa Arma X.
Essa mudança é pesada. Wolverine, agora chamado apenas de “O Especime”, é tratado como um objeto, um experimento ambulante. Sem memória, sem nome, sem passado. Ele é moldado para matar, e o que o diferencia de uma simples máquina é praticamente zero. Isso torna sua trajetória ainda mais cruel, porque toda esperança foi arrancada antes mesmo de surgir.
Um Wolverine transformado em soldado à força
O que torna essa nova origem tão impactante é a ausência de escolha. Wolverine sempre lutou contra o papel de arma, tentando reencontrar a própria alma. Agora, isso nem é uma opção. Ele é controlado, manipulado, e mantido como propriedade.
Essa versão do personagem foi transformada no Soldado Invernal do seu universo, o que já dá uma ideia do quão devastadora é essa história. A diferença é que, enquanto Bucky Barnes teve a chance de quebrar o ciclo, esse Logan nunca chegou nem perto da liberdade. E isso levanta uma pergunta incômoda: quantas atrocidades ele ainda será forçado a cometer antes de finalmente despertar?
A essência de Wolverine continua lá, mais revoltada do que nunca
Mesmo com tudo isso, o que torna Wolverine quem ele é continua presente: a dor, a fúria, o desejo de se libertar. É essa essência que vai guiar sua trajetória nos quadrinhos daqui em diante. A diferença é que, agora, ele está começando do ponto mais fundo do poço, e cada passo em direção à liberdade vai ser marcado por sangue, perda e, claro, redenção.
A Marvel fez questão de mostrar que essa jornada não será fácil. Logan terá que lidar com o peso das ações que cometeu enquanto estava sob controle. Isso pode fazer com que essa seja a versão mais trágica do personagem até hoje, mas também a mais intensa.
A proposta do Ultimate Universe é reimaginar tudo
Essa nova origem de Wolverine não é uma simples reinvenção por choque. Ela faz parte de uma estratégia maior da Marvel, que quer recontar histórias sob uma nova perspectiva, em um universo alternativo onde os heróis começam do zero, mas em terrenos mais instáveis e dolorosos.
Nesse universo, Peter Parker nunca foi o adolescente desajeitado que virou herói; ele já surge como um adulto tentando fazer o certo. Já Wolverine surge como um animal domesticado, tentando entender se ainda existe algo de humano dentro dele. Essa abordagem tem um propósito claro: mostrar o que acontece quando tiramos dos heróis aquilo que os definia.
O papel do vilão Maker nessa distorção do tempo
Tudo isso é resultado direto das manipulações do vilão Maker, que alterou o tempo e apagou a existência dos heróis clássicos desse universo. O que temos agora são versões fragmentadas, incompletas, lutando não apenas contra vilões externos, mas contra o próprio legado que nunca existiu.
Wolverine, nesse caso, é o símbolo de uma geração de heróis moldada à força e privada de suas escolhas. E quando essa fera acordar, porque ela vai acordar, o estrago será grande. O arco de sua libertação promete ser brutal, profundo e necessário.
Uma origem mais sombria, mas fiel ao espírito do personagem
Apesar da dor, essa nova versão do Wolverine continua sendo, no fundo, sobre resistência. Ele é a prova viva de que até os que nasceram para destruir podem encontrar um caminho, mesmo que manchado de sangue. O sofrimento de Logan é o motor que sempre impulsionou suas histórias, e agora isso está elevado ao extremo.
A Marvel não está suavizando nada. Ela está mostrando até onde o personagem pode cair, e o quanto vai lutar para subir novamente. É esse ciclo de queda e ascensão que torna Wolverine tão fascinante, e por isso essa mudança, por mais dolorosa que pareça, faz sentido.
Ultimate Universe: One Year In já está disponível na Marvel Comics.
